quarta-feira, janeiro 27, 2010

Á Noite

Não vou mais falar
Você não gosta de ouvir
Se os pensamentos em cascata incomodam
Vou guardá-los inundando só a mim

Só não sei como pode ser bom
Olhar o outro só de cima
Viver só a pele e não o clima
Deixar para nunca o sermão

Omitir numa caixa de pandora
Todas as neuras e as feridas
Que poderiam ser curadas cada uma a sua hora
Mas que juntas confinadas ficarão esquecidas
Até que a dor aguda venha e sufoque
Até o amor nao mais ter vida.

Diz que são minhas todas as regras
Mas a única que havia voce quebrou
Talvez soubesse... ou não sabia
De qualquer forma ignorou

"Não passe a noite sem o perdão"

Talvez não soubesse o porque...
É que a desavença é diurna
e se visita-nos num furacão,
O perdão estará de sentinela
Para curar qualquer desprazer

Mas à noite, quando todos dormem
é que chega a indiferença
A maior vilã de todas;
É quem consolida as desavenças

E quando eu não mais te indagar
É porque em mim ela se dispersou
Quando muda eu estiver
É quando mais distante de ti eu estou

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